terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Smile Like you mean it

Gente, amo essa música... acho que se prestarmos atenção na letra é um tipo de lição de vida que devíamos absorver... so enjoy it!




Smile Like You Mean ItThe Killers
Save some face, you know you've only got oneChange your ways while you're youngBoy, one day you'll be a manOh girl, he'll help you understand Smile like you mean itSmile like you mean it 
Looking back at sunsets on the EastsideWe lost track of the timeDreams aren't what they used to beSomethings set by so carelessly 
Smile like you mean itSmile like you mean it 
And someone is calling my nameFrom the back of the restaurantAnd someone is playing a gameIn the house that I grew up inAnd someone will drive her aroundDown the same streets that I didOn the same streets that I did 
Smile like you mean itSmile like you mean itSmile like you mean itSmile like you mean it 
Oh no, oh no no noOh no, oh no no no 
kisses :)

Conformismos

Na física aprendemos que todos os corpos tendem a alcançar um movimento uniforme, todos os corpos buscam a estabilidade, o equilíbrio de forças... o que é isso? A providência divina? Alguém tentando nos ensinar uma lição? Simples coincidência?

Quem disse que porque as coisas são como são, assim devem continuar? Por que temos medo da mudança? Do que virá no futuro? Por que temos medo do que não conhecemos? Medo de não conseguir se adaptar? Em que momento somos levados a deixar de lado nossos impulsos, nossa curiosidade, nossas paixões, desejos, simplesmente para manter aquela velha e mórbida harmonia de sempre... Quando foi que nos conformamos a viver como vivemos?

Não é uma questão de lembrar de anarquistas ou comunistas, pois eu não falo aqui no sentido político, falo no sentido humano, no sentido das ideias loucas que preenchem nossas cabeças, com as quais sonhamos a noite, das quais falamos em poesias e que expressamos em músicas, fotos e pinturas... Falo daquela essência, falo daqueles momentos em que você se dá conta de que é tão dependente de alguém que fala até consigo mesmo!

Ao questionar meu irmão sobre uma briga com a minha mãe, a um tempo atrás, eu perguntei a ele: "Por que tem que ser assim?" e ele respondeu: "Você conhece a minha mãe, ela é assim mesmo... conversa logo com ela e resolve isso!". Em que medida a relação entre pais e filhos se torna uma prisão moral ou uma república? O que leva algumas pessoas a acharem, a realmente acreditarem, que são capazes de moldar outras? Que um filho nada mais é do que a continuação de si próprio, mas um eu que ainda pode ser modificado para que outras oportunidades surjam, outra vida se desenvolva a partir daquele ponto... Será sua forma de buscar a eternidade?

Loucos, piores ainda são aqueles que não assumem que o são... Loucos de pensar que por um segundo sua consciência permanecerá naquela pessoa depois da morte... Loucos de imaginar uma vida dedicada a grande causa de recriar seu próprio eu... Loucos por não perceberem as individualidades de seus filhos... Loucos por não ouvi-los, não falar com eles e até mesmo por não enxergá-los como são! Loucos por amarem demais...

Não digo que isso seja certo ou errado, eu não posso saber como é ser mãe, pois sou filha e enxergo as coisas, obviamente, segundo minha própria perspectiva, distorcida por tudo o que quis fazer e um dia ela me impediu, por tudo que eu quis ser e ela não deixou, pelos vários nãos que já escutei... Louca sou eu de perdoar isso tudo com um simples abraço, louca sou eu por pensar em algum momento que ela não pensa verdadeiramente em mim, louca por pensar que eu posso fazer tudo, bastando a liberdade tão sonhada...

Acho que os filhos de pais superprotetores se sentem como os Elefantes circenses, aqueles que são pegos desde pequenos e amarrados em um toco de madeira. Enquanto são pequenos tentam escapar, mas o toco e as cordas são fortes o suficiente para prendê-los, quando crescem ficam fortes, enormes, poderiam facilmente partir as cordas, arrancar o toco do solo e fugir dali, mas aprenderam desde pequenos que não são capazes e acreditam tanto nisso que passam o resto de seus dias ali, sempre ligados ao circo que os alimenta, os limpa, os da trabalho e os prende pelos pés. 

Chamem Hermes para instalar asas em seus pés! Chamem Hércules para arrebentar as cordas! Chamem Zeus para destruir as armadilhas! Mas depois que fugir encare a vida que tiver, sem pestanejar, aguente as consequências das suas escolhas, lembrando que por mais que você ame o circo e se sinta seguro, sempre há o risco de ficar preso pra sempre!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Desentendimentos

Muitas vezes sabemos com exatidão o momento em que uma briga começa... uma palavra rude, um gesto obsceno, um olhar furtivo, até mesmo um esbarrão... mas enquanto os envolvidos não se perdoam essa briga pode durar uma eternidade, ao ponto de depois de muito tempo eles nem se lembrarem o porquê da briga, mantendo-se apenas aquele sentimento de coisa mal resolvida. Esse sentimento nos impede de ligar para a pessoa mesmo quando sentimos a sua falta, nos impede de cumprimentá-la quando a encontramos na rua, nos impede de olhar nos seus olhos quando ela nos pede... é esse sentimento que nos faz desligar o celular quando vemos que essa pessoa nos liga.

Mas será que em todas as ocasiões um simples "me desculpe!" é suficiente?? Será que isso basta para eliminar de uma vez por todas todo aquele sentimento guardado as vezes por uma eternidade?? Acho que a diferença é que quando nos importamos de verdade com a pessoa com a qual brigamos, nos sentimos muito mais feridos, muito mais machucados e injustiçados, do que quando brigamos com um desconhecido ou com alguém que não gostamos... Ao misturarmos o amor que sentimos por essa outra pessoa com a raiva ou até mesmo com o ódio que ela nos desperta a situação fica mesmo insustentável e acabamos fazendo uma besteira...

Ou perdemos a relação com essa pessoa de uma vez por todas ou a perdoamos com palavras só para manter a relação, mas todas as vezes que a olharmos lembraremos de tudo que ela nos fez e algum dia o rancor será tão grande que acabaremos nos afastando por completo...

A ideia de perdoar verdadeiramente torna-se um tanto quanto insustentável nessas ocasiões, pelo menos pra mim tem sido assim... Como posso eu amar tanto e depois simplesmente esquecer que a pessoa existe? Com a mesma facilidade que eu amo alguém eu posso odiar essa pessoa... e eu me sinto horrível por isso... a minha vida tem sido um aprendizado de como perdoar e a única maneira que eu tenho encontrado é esquecer!

Minha mãe sempre me ensinou que não importa a ocasião devemos sempre manter o mínimo de educação... mas isso de certa forma não é falsidade pura e simples? Você está morrendo de raiva por dentro e não pode dizer nada em tom muito exaltado para que seja mantido o mínimo de sua educação? Que tipo de efeito psíquico e físico isso produz ao longo dos anos? Amargura!!! 

Depois de um certo tempo aguentando muitas coisas calada, enfim resolvi que quero tirar da minha vida uma pessoa com a qual compartilhei bons e maus momentos, uma pessoa que eu ajudei quando precisou de mim, que eu aconselhei mesmo quando não me pediu e as vezes nem gostou, uma pessoa que eu costumava chamar de uma das minhas melhores amigas... Eu sei que não sou perfeita e eu nem gostaria de sê-lo, mas é justamente pela minha humanidade, dignidade e pelos meus vários defeitos que eu não me submeterei mais a boa e velha educação simplesmente para manter as aparências de algo que não mais existe... não mais existe pelo menos por enquanto...

Eu chorei por uma hora seguida enquanto desfazia as malas, e mesmo não estando aonde queria estar fiquei imaginando como seria se nada disso tivesse acontecido... podem me chamar de dramática, de louca, de exagerada, podem dizer que a culpa não foi de ninguém e que foi de todo mundo, só eu sei o que senti naquele momento e agora eu me sinto mais forte! 

Feliz Ano novo!