sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Indicação de filmes

Andei assistindo uns filmes bem legais ultimamente, eles me levaram a pensar a minha vida de outra forma e espero que vocês gostem...

The Beaver (Um novo Despertar)




Conta a história de um homem, Walter Black, que herda uma empresa de brinquedos de seu pai, tem uma boa família, mas acaba entrando em um estado profundo de depressão. Sua mulher tenta ajudá-lo por um tempo mas acaba não aguentando a situação e pede a separação. Walter acaba encontrando um fantoche de Castor e na mesma noite tenta o suicídio, sem sucesso. A partir disso ele assume uma dupla personalidade, uma que vem dele e outra pelo Castor. O filme pode parecer muito louco pra quem ainda não viu, mas fala muito sobre a nossa vida, como deixamos que uma personalidade mais agressiva e rígida nos controle nos momentos de fraqueza. Um fato que eu achei muito curioso foi a questão do filho de Walter, que por não querer ser como o pai, começou a anotar todas as suas semelhanças com ele para lembram-se de evitá-las, mas ele nega o inevitável.

Ficha Técnica:
Realização: Jodie Foster
Argumento: Kyle Killen
Elenco: Jodie Foster, Mel Gibson, Anton Yelchin, Jennifer Lawrence, Cherry Jones
Música: Marcelo Zarvos
Fotografia: Haden Bogdanski

Limitless (Sem limites)




Fala sobre a maior das ambições de qualquer pessoa, alcançar a máxima capacidade cerebral. É assim que Carl Van Loon abandona a vida de um simples escritor, que andava meio sem inspiração, e se torna um dos executivos mais bem sucedidos dos EUA em pouco tempo. O segredo é uma nova droga que aparece no mercado e, como tudo que é raro e caro, envolve muita ganância e assassinatos. O problema dessa droga é que chega um ponto em que a pessoa a consome tanto que perde a consciência do que está fazendo e acorda horas depois sem se lembrar de nada. Além disso se a pessoa fica sem a droga, ela envelhece rapidamente e fica doente e fraca.

O mais interessante nesse filme, na minha opinião, é que mesmo uma pessoa que tenha o máximo de capacidade cerebral não consegue se livrar de sua concepção limitada de mundo, e acaba buscando o que todos no resto da sociedade buscam e sempre buscaram, dinheiro e poder. 

Ficha Técnica:
Diretor: Neil Burger
Elenco: Bradley Cooper, Robert De Niro, Abbie Cornish, Jennifer Butler, Daniel Breaker.
Produção: Leslie Dixon, Ryan Kavanaugh, Scott Kroopf
Roteiro: Leslie Dixon, baseado na obra de Alan Glynn
Fotografia: Jo Willems
Trilha Sonora: Nico Muhly
Duração: 105 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Suspense
Cor: Colorido
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Universal Studios / Relativity Media
Classificação: 12 anos

Cube (CUBO)



Um grupo de pessoas é colocado misteriosamente dentro de um Cubo, uma construção imensa em forma de Cubo, composta por vários cubos internos que se movimentam, de forma semelhante a um Cubo Mágico (daqueles coloridos mesmo, que eu particularmente nunca consegui terminar, não que eu me lembre!). Sem comida nem água, eles devem tentar encontrar a saída desse imenso labirinto. O problema é que além de serem milhares de salas, algumas possuem armadilhas mortais e eles devem usar o que tiverem para tentar se salvar. Decobre-se que pessoas tem sido colocadas ali nos últimos dois meses, mas ninguém conhece o responsável por tal projeto mortal.

Também acho que podemos comparar a ideia desse Cubo com a nossa vida, pois aqueles que fogem da normalidade são cortados, fatiados e mortos socialmente. Como diz o meu professor de Filosofia, é a Teoria da Geometrização da Vida. E que tipo de qualidades temos que possuir para fugir desse Cubo? Racionalidade? Intuição? Sorte? Ou simplesmente é obra do acaso? Quem tem as habilidades necessárias para sobreviver?

Ficha Técnica:
Título original: (Cube)
Lançamento: 1997 (Canadá)
Direção: Vincenzo Natali
Atores: Nicole de Boer, Nicky Guadagni, David Hewlett, Andrew Miller.
Duração: 92 min
Gênero: Ficção


ENJOY :)

Melancolia

No dicionário:
melancolia
me.lan.co.li.a
sf (gr melagkholía) 1 Psicose maníaco-depressiva. 2 Estado de humor caracterizado por uma tristeza vaga e persistente. 3pop O mesmo que vitiligem.



Ontem eu descobri que a minha vida se resume a uma espera... eu vivo a esperar por algo, mas eu não faço ideia do que seja. Um amor? Uma carreira? Uma viagem que pode abrir os meus olhos para o mundo? Uma tragédia? Uma traição? Uma mentira?

O que foi feito daquela coragem e daquela alegria de viver? Hoje forço em mim mesma um pensamento positivo, pois quem sabe assim as coisas funcionem... Fiquei quatro anos da minha vida buscando por uma coisa bem específica e depois que a conquistei fiquei sem sonhos, e a coisa alcançada já não me basta mais, não me completa, não me preenche... Mas afinal o que há de me preencher? 

Só tenho olhado pro céu para ver se vai chover, só tenho sentido o calor na ânsia de baixas temperaturas... tenho sentido o sol e fico me perguntando se me lembrei de passar o filtro solar. Ainda bem que eu tenho o vento, pra bagunçar os meus cabelos e me tirar, pelo menos por alguns instantes, da falsa retidão que eu insisto em demonstrar. Falsidades, meras distrações, ilusões, alucinações que escondem no meu mais íntimo ser a constatação de que eu não sei quem sou, de que as minhas defesas estão cada vez mais fracas e que isso não necessariamente é ruim.

E daí se pensarem que sou louca? Que sou profana? Incrédula? Insana... Estariam apenas projetando em mim as suas frustrações; a extrema e obssessiva necessidade de parecer normal, e de convencer não só aos outros mais a si mesmo dessa tremenda mentira. Quem somos nós afinal? Quem foi que nos ensinou a nos mutilar todos os dias, nos cortar, nos fatiar, para enfim cabermos na concepção abstrata e artificial do certo? E por que nos submetemos a isso?

As nossas relações são superficiais, os casamentos não duram mais, as pessoas só querem vencer as outras em todos os aspectos, tudo se resume a dinheiro e poder... Queremos sempre acertar, mas esquecemos que a regra é o erro e que quando estivermos a beira do precipício e um tropeção nos fizer cair não haverá super-herói que possa nos salvar, pois estamos lutando contra nós mesmos... No fundo somos todos psicopatas, esquizofrênicos, deprimidos... Não vivemos, simplesmente suportamos a nossa existência até quando der, torcendo para que não seja tão ruim como parece. 

Quanto mais inteligente se é, mais difícil se torna aceitar os acontecimentos da vida, mas difícil é encontrar um caminho viável, mais penosas e céticas são as constatações, menos feliz se é. Se pudermos considerar que uma pessoa feliz é aquela que aceita a sua vida e se esforça todos os dias para enxergar as coisas de uma forma positiva, curtindo os bons e maus momentos, podemos dizer que são não só iludidos, como extremamente invejáveis. Quem me dera poder acordar todos os dias tendo certeza absoluta de alguma coisa, mesmo que totalmente sem sentido! Quem me dera poder acreditar tanto em algo, até ser capaz de morrer por aquilo! Quem me dera não me sentir um lixo depois de cada rejeição! Quem me dera não conhecer nada e ao mesmo tempo entender tudo! 

Mas o que é melhor: ser um ignorante feliz, ou um gênio depressivo? 

E tudo isso se manifesta dentro de uma cabeça que viveu tão pouco mas que tem tanto a dizer quanto todas as palavras desse mundo... as vezes me sinto uma centenária, pois por mais rápido ou lento que o tempo passe me sinto exatamente no mesmo lugar, na mesma era, estagnada nos mesmos momentos... e isso me desespera. 

Os seus óculos
transmitem uma confiança falsa
Sua boca
diz mentiras que depois disfarça
Em suas mãos as chagas
da minha redenção
Ela chora e implora
pelo meu perdão.

Flores plásticas
Iludem os meus olhos com as suas farsas
Reprimidas,
Invejosas, recalcadas

Espero que o tempo as corroa
e mostre quem são 
Depressivas,
carentes por atenção.

Suas roupas
refinadas e sarcásticas
Deliciam-se
com a algazarra
Que provocam ao contarem
Sua práticas
Venenosas, vingativas
Alienadas.

É uma pena que as tristezas
Não retiraram sua vaidade
Mas pra que pedir tanto
se a maioria não sabe nem a metade?