terça-feira, 15 de março de 2011

Tragédia no Japão e disciplina

Tragédias acontecem todos os dias, mas algumas são maiores que outras, como foi o caso japonês. Terremoto, Tsunami e Explosão de Reatores... será que já não bastou duas bombas nucleares no fim da Segunda Guerra? O que foi isso que aconteceu? Quer dizer que no Japão tem que haver controle populacional a cada 55 anos? Surreal, horrível, temível, talvez irreparável...




Os japoneses vivem mais pois se alimentam melhor, não sujam suas ruas, são disciplinados (como disse a minha professora de Teoria Geral do Processo ontem), apesar de todas as perdas e de todo o sofrimento não ficamos sabendo de saques a supermercados, de furtos às casas abandonadas, ou ao que sobrou delas, não vimos pessoas pisoteadas...

Mas acidentes acontecem, ainda mais os naturais, que têm sido tão frequentes, chegou a hora de assumir, com todos os medos e angústias, sem eufemismos, que o planeta está cansado da exploração, que está farto do desrespeito, agora mais do que nunca percebemos o quanto somos frágeis perto dele, o quanto somos vulneráveis, apesar de nos acharmos maravilhosos, a ponto de acreditar que podemos controlar não só o mundo como todos a nossa volta. E, nessas horas, todos se tornam perfeitamente iguais, não há ricos ou pobres, feios ou bonitos... há mortos, vivos e traumatizados... 

É o que dizem os filósofos, nestes momentos as pessoas se ligam ainda mais às religiões buscando forças para suportar o medo, forças para acreditar piamente na salvação, como uma ideia invisível e impalpável... A eterna busca pela salvação, que de certa forma é o objetivo de ambas, tanto da filosofia como da religião, mas será que apenas com a razão, apenas por nós mesmo seríamos capazes de pular no escuro sem saber o que nos espera? É a fé, fé em nós mesmos ou fé em Deus, que nos leva a "mover montanhas", montanhas de solidariedade e de empatia...

Ao ver as notícias na TV choramos juntamente com aqueles que perderam tudo, por medo de que aquilo venha a acontecer conosco... O que faríamos? Será que sobreviveríamos? Será que teríamos força o suficiente para aguentar ficar dois dias em alto mar, em cima de um pedaço de telhado, rezando e implorando para que alguém aparecesse? Será que conseguiríamos chegar à praia e procurar pelos corpos de nossos familiares e amigos? Teríamos coragem o suficiente para começar tudo de novo?

Por isso é que devemos aproveitar o tempo que temos, pois o ser humano se prende ao passado e sofre com um futuro incerto, mas esquece de perceber que a única coisa palpável e real é o agora. O que nos torna belos e especiais é justamente a nossa efemeridade... Abrace seus filhos, ligue para seus amigos, diga aos seus pais que você os ama, pois apesar de termos medo, um medo constante, profundo e disfarçado, em algum momento aquilo que fizermos pode nunca mais acontecer, e os arrependimentos de uma vida inteira nunca mais serão esquecidos.

Pratique o complicado ato de VIVER!
Tenham um Bom Dia :)

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